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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Comparsas e Trapaças

Tancos e (extensões): o cidadão assiste, perplexo, aos patéticos episódios gotejados desta farsa grotesca. E não acredita. Ninguém pode acreditar que as personagens consigam exibir - todas elas - o ar inocente mas arrogante de quem não sabe e não quer estar à porta do paiol. -  Não sabem de nada! - E todos, mas todos, estão sempre de consciência tranquila. Comme d'habitude. Não sabem nada. E ninguém lhes diz que nada saber quando deveriam saber importa uma desbragada incompetência e até cumplicidade, no mínimo. Em Portugal ninguém sabe de nada que possa comprometer. Em Portugal, transformado pelos farsantes e comparsas num sítio mal frequentado, desde que o abocanharam, ninguém é responsável. Porque a questão, todas as questões estão ou vão ser averiguadas e investigadas. Depois se verá. Em averiguação a caminho do rio Lete está o episódio marinheiro da perda da caixa de munições que o zeloso cidadão encontrou na estrada e entregou num posto policial. Em averiguação. Só depois disso se podem tomar medidas. Não será preciso também um estudo de impacto ambiental? Reprima-se já o excesso de zelo da cidadão, única causa adequada do evento burlesco.
Infarmed: Os estudos e averiguações começaram por ser muito rápidos na farsa Infarmed. Seria transferido para o Porto. Palavra do pm. Do Costa, António, a não confundir com a  palavra  do Costa...do Castelo. Um ano depois e bastidores qb não foi transferido. Melhores estudos se produziram. E mais profundos.
Pantominas: o pm é um avalista. Um fiador. Um garante garantido. Todos os seus apaniguados são activos firmes, até que miraculosamente viram tóxicos. Ocorrem-me os episódios da farsa das incompatibilidades. Recente. Porque as mais antigas já foram. Lembram-se? O ministro Siza -  especialista em Direito Comercial, ao que consta - constituiu uma sociedade na véspera de o ser. Ministro, claro. E ficou gerente. Bem acompanhado pela parceira matrimonial ou consorte. Quando constou, o especialista não sabia da incompatibilidade. Todos sabemos que ele não sabia. Foi um lapso. Ó meu amigo! Você nunca teve um lapso? Promovido agora o Ministro Siza, a economia foi modelada a gosto, atenta a connection com a energia, diga-se EDP. Saiam da economia as energias. Renováveis e não renováveis. Mas ficou o Turismo. E lá está em destaque a cara metade. Mas agora, o Ministro Siza sabe. Sabe Siza, Siza sabe. Incompatibiliadade? Era o que faltava!!!. Chegou e disse. Pôs o chapéu e foi-se. Algum tempo depois: pois, pois, declarar-se-á impedido com questões relacionadas com a associação a que preside a consorte. Quais serão? Muita energia a despender para separar o inseparável. Que activo mais complexo. A juntar ao Secretário Galamba (bem) içado para a energia do Ambiente.
Incêndios: Das tragédias de 2017 retiraram-se algumas conclusões. (i) obrigar os particulares a limpar já que o Estado e as suas extensões não limpam. (ii) Propaganda, muita propaganda acerca de apoios, desmentida pela realidade. (iii) retenção obscena de verbas comunitárias pelo próprio Estado. (iv) Face ao exemplo, vigarices e urdiduras várias para burlas e apropriações indevidas. Tudo a ser averiguado. Tudo a ser investigado, claro está. Mas, Monchique foi em 2018. Trágico também. O pm congratula-se: não houve vítimas e mais: isto só prova como tudo o resto correu bem. Palmas. Palminhas. Extraordinário. Simplesmente extraordinário.
OE 2018: dois apontamentos comezinhos: a electricidade vai baixar em 2019. Soprem as trombetas; libertem-se os canais populistas. Afinal será apenas o IVA no aluguer dos contadores da mais baixa potência. A potência que não permite ligar a chaleira e a luz da cozinha em simultâneo porque faz disparar o disjuntor. Bolas. Arre burro!De Loures a Lisboa é um esticão.
Outro: reforma aos 60 anos desde que haja 40 anos de contribuições. Olá!? Esclarecimentos do Ministro Vieira: aos 61 com 40 anos de contribuição já tem penalizações. Pois. Não começou a descontar aos 20. A medida destina-se apenas a compensar o trabalho infantil de outrora. É justo.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Leviatã e bemotes

Vejo, sem espanto, o anúncio "EDP Mais O plano de saúde para viver melhor" ocupando toda a pg3 do CM de hoje. De onde vem a sua energia? Descontos até 70%. O EDP Mais custa apenas €4,90 por mês
O anúncio está apelativo, como convém. Uma excelente fotografia com três personagens bonitas, com ar acolhedor e responsável, cobrindo três gerações. Duas mulheres. A mais velha, de óculos e cabelo prateado, um sorriso estudado, sereno, mostrando uma dentadura muito branca e de uma regularidade impecável. Prótese, claro. Que importa? Irrepreensível, esteticamente. Adivinha-se uma blusa verde com ligeira abertura por baixo da bata branca, impecável, abotoada à frente. As mãos cruzadas e, na direita, o instrumento típico dos oftalmologistas. A segunda mulher é morena. Mais jovem, mas trintona. O sorriso é discreto e sensual. A bata branca, com cinto e abotoamento lateral. Por baixo, vê-se uma blusa azul, com discretas pregas no peito e, também, na mão direita, os instrumentos de dentista (?), ou assim assim: a escova de dentes e o espelho metálico. Está ao centro, a morena. Do seu lado direito, um homem: de gravata cor de vinho, sobressaindo na brancura da bata e estetoscópio ao pescoço. Cabelo curto e barba aparada, já branca no queixo e maxilares, bigode ainda preto. Tem um olhar fixo e inquisidor. Na mão direita, adivinham-se uns papéis, talvez exames médicos encobertos pela antebraço da mulher morena.
Aí está. A EDP Mais vende-nos agora seguros de saúde. E paga toda a página 3 do Correio da Manhã do dia 11 de Junho de 2018.
O anúncio não me espanta. Há meses ou anos talvez que deparo com anúncios da Comunidade EDP oferecendo descontos em viagens, hotéis, restaurantes, enfim, nos serviços e produtos mais insuspeitos e diversificados.
A EDP é agora presença constante. Mas a GALP e outras petrolíferas vendem jornais, revistas, chocolates, roupas, e muito nos quiosques das bombas - e não só -. Os bancos vendem jóias, faiança, talheres e também viagens, excursões etc. etc. Os CTT idem aspas. É tudo um ver se te avias.
Como é sabido, a personalidade jurídica das sociedades comercias está sujeita ao princípio da especificidade. Isto é: a lei confere personalidade jurídica a estas e outras pessoas colectivas com o objectivo específico de poderem prosseguir o seu objecto social. Nada mais do que isso. O propósito legislativo é o de lhes facultar os meios jurídicos necessários para a prossecução das actividades que constituem o seu objecto social. 
Alguém concebe que a EDP tenha no seu objecto social a venda de seguros de saúde? E os protocolos ( imaginamos) com agências de viagens, hotéis, restaurantes e por aí fora?
As micro e pequenas empresas - até as médias empresas - são fiscalizadas por tudo e por nada. Mas os behemoths como bancos, petrolíferas, empresas energéticas usam e abusam da sua personalidade colectiva para fazerem dinheiro em todos os sectores, originando uma intolerável concorrência desleal e asfixia económica de todos os restantes operadores. É desolador.  Os papagaios que seguram os tentáculos de Leviatã nada vêem e nada querem ver. Os danos sociais e económicos que estas atitudes ilegais e abusivas ocasionam são incalculáveis. Em bom rigor, estas ilegalidades que ninguém vê e ninguém quer ver são um atropelo gravíssimo à liberdade. Mais tarde ou mais cedo, o cidadão ver-se-á confrontado com vinculações jurídicas incontroláveis. O cidadão será cada vez mais incapaz determinar a sua vida com um mínimo de racionalidade e de liberdade. Enfim: mas quem pode competir com tais beemotes? Quem poderá pagar cursos universitários para satisfazer docências de ex-ministros? Ou viagens ao estrangeiro? Ou camarotes e bilhetes para jogos de futebol. E...? E....?  
Que mundo homogéneo, feio e desinteressante vai paulatinamente formatando o nosso espírito e dominando a nossa vontade! ? Como é fácil construir a teia da servidão! 

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Mentelapsus, Mentecaptus

Para calar o caso das viagens foi anunciado um código de ética porque a lei não basta. E têm razão. A Lei é intragável. O tal código deverá ser em banda desenhada, pois claro. A propósito: alguém o viu, digo, alguém o leu? Como algumas das viagens foram pagas pela Huawei, talvez tenha seguido para ministros e secretários de estado via SMS ou via WhatsApp. As TI ( tecnologias de informação) são agora instrumentos vitais no combate aos fogos, como é sabido. Sempre foram. Ponhamos os olhos no estrondoso SIRESP.
Para os distraídos, vulgo mentelapsus, vai ser criado um guia de incompatibilidades. Não é extraordinário? Tantos lapsus!  O PM já teve lapsus. O seu amigo e adjunto teve lapsus. O secretário de estado do desporto teve lapsus. Enfim. Pode conjugar-se o verbo cantarolanto: eu lapso, tu lapsas, ele lapsa...e por aí fora. O ainda não ministro Siza Vieira constituíu uma sociedade imobiliária um dia antes de tomar passe. Aqui, nada de lapsus. Au contraire: trés avisé. Mas, -só o dianho - o ministro a haver e já gerente colapsou logo nas incompatibilidades. Uma sumidade em direito comercial lapsou num princípio ético intuitivo. Terá lapsado com a EDP e a CTG (china três gargantes). O amigo e PM saíu em defesa do amigo, naturalmente. Saíu sempre em defesa dos amigos. Quem nunca lapsou que atire a primeira pedra.
Tudo isto é divertido. Por isso, lá vamos, cantando e rindo. Há quem espere milagres do TC ( tribunal constitucional). Eu não. Mas sempre direi que o homem deveria ser demitido. O lapso poderá desculpar-se. Mas tamanha incompetência, não. 

segunda-feira, 2 de abril de 2018

"Realejo de disparates"

 Leio que o PCP e o BE propuseram que a AR aprovasse um texto de condenação do Estado Espanhol pela deriva autoritária para com a Catalunha e consequente solidariedade para com os exilados e presos políticos Catalães. Leio e pasmo. Antes de mais: não entendo que diabo de coisa (...) se pode propor com esta conteúdo. Moção não poderá ser. Só estão previstas moções de confiança e de censura ao Governo no âmbito dos poderes de fiscalização da AR. Resolução? Também não. As resoluções aprovam, alteram ou
rejeitam disposições legislativas. Enfim, desconheço eu e provavelmente muitos outros cidadãos a forma ou formas de que estes maganos se socorrem para estas actividades lúdicas enquanto representantes do povo português. Mas a forma é o menos. A que propósito se pode querer aprovar, em nome de todos nós, um voto de solidariedade para com um bando circense que diz hoje e desdiz amanhã e que teima em chamar autoritários e ditadores aos legítimos representantes de todo o povo espanhol? Oiço, estupefacto, que o Governo de Espanha deveria negociar com os fautores do procés independentista. Negociar o quê? O pusilânime Puigdemont não presidiu durante anos à Generalitat ? Não dispôs de milhares de ocasiões para negociar o que bem entendeu? Alguém o prendeu por defender a independência dentro da Constituição e das leis do estado espanhol? Alguém o proibiu de governar e tomar todas as decisões que quis e que concertou com o Parlament?
Imaginemos o piqueno e M. Rajoy á mesa de negociações. Qual seria a ordem de trabalhos? Autonomia? Independência? Autonomia já a têm. Maior do que que a maioria dos estados federados, ao que se sabe. Independência? Como seria possível a Rajoy negociar ilegalidades?  Como seria possível a Rajoy comprometer-se em desenhar uma hipotética Federação sem a anuência de todos os povos de espanha? Castela, Andaluzia, Estremadura, Galiza, País Basco, etc. etc.? A que propósito Rajoy e o Parlamento Espanhol são autoritários quando agem legalmente em representação de todos os povos de Espanha e o bando de Puigdemont é democrata só porque diz representar o povo Catalão? Sabendo nós que até isso é falso?
O bando de trapezistas que Puigdemont lidera tem verdadeiros mestres de prestidigitação. Mas espantoso é o modo como muitos catalães se deixam manipular. Soprarão do Mediterrâneo ventos de muita esquizofrenia. A alienação não poderia deixar de atingir esta paróquia  à beira mar plantada.
Pelo que li, parece que alguém teima em pensar e dizer algumas coisas acertadas. Mesmo no grupo recreativo que dá pelo nome de PS. Terá sido o caso de Sérgio Sousa Pinto que, acertadamente, catalogou como realejo de disparates este tipo de iniciativas parlamentares que consomem o dinheiro e a paciência dos portugueses.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Bonecos e Ventríloquos

Domingo à noite. Vejo e oiço na TV o Senhor comentador LMM - a quem já chamaram o boneco do ventríloquo -afirmar: o ex-vice presidente da Angola vai enviar uma carta para o processo dizendo que quer ser julgado em Angola. No Domingo anterior, iniciara a aproximação  à falta de vergonha dizendo que Angola tinha alterado a sua posição,  visto que já admitia julgar Manuel Vicente, findo o período de imunidade. Claro. Mas, se não julgasse, Portugal poderia sempre pedir a devolução do processo.
É de estarrecer. O Senhor MV está acusado de corromper um procurador do MP em Portugal. Nunca foi sequer possível notificar o Senhor. Angola nunca o investigou nem se dispôs a notificá-lo da acusação do MP português. Como gostava de ser jornalista.: - Senhor LMM, telefonou ao Senhor MV? Como sabe que vai mandar uma carta? Foi um recadinho que lhe enviou? O propósito é o de orquestrar a ignomínia de dizer que o nosso MP tem falta de siso, de bom senso, porque se trata de uma questão de Estado e não jurídica, etc. etc.? 
Claro que o Senhor LMM já está muito acompanhado. Não será bem acompanhado. Mas é profusamente acompanhado, seguramente. Com argumentos iguais, mas nada dizendo sobre a carta que será escrita, também o Arqto jornalista Saraiva escreveu um PS,  a despropósito, afirmando que a questão  é de bom senso e não jurídica. E o Seixas -reformado embaixador- diz o mesmo-. Pode dar-se o benefício da dúvida, mas é impossível não pensar na coincidência de a Senhor Ministra da Justiça ( Luso- Angolana ou vice versa) ter desleixadamente deixado cair a opinião de que o mandato da PGR ( Marques Vidal) não deveria ser renovado. Alguém mais manipulável dava um tremendo jeito!
Os crimes são julgados onde são cometidos, Senhores juristas de pacotilha. Para além disso, é sintomático que a bonecada fale sempre do ex-vice. Destacam sempre este cargo, porque também aqui o crime instrumentaliza o voto e outras instituições ditas democráticas para ganhar impunidade. Mas nunca destacam o facto de o Senhor MV ter subornado - ao que tudo indica - o procurador Figueira antes de ser vice  e estar a ser julgado já depois de ser vice. Perante a orquestração sem vergonha que teima em distorcer a opinião pública, damos connosco a pensar se a corrupção foi apenas aquela que está a ser julgada. Será? Manifestações tão grosseiras de ignorância e indignidade serão espontâneas? Ele há cucos para todos os gostos. E marionetas, obviamente. Sem elas, os cucos voariam sobre ninhos bem diferentes. Que remédio!

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Santa Paciência.



Relanceio em segundos o "saboroso ano de 2017" (Costa dixit, mas não para ser glosado por adversários políticos, está claro). Cada palavra em sua terra. Como os nabos.  Sempre oportuno o relance, no início de um novo sabor, conviremos. O que verifico, sem espanto, é um mar de consciências tranquilas. Mare Tranquilitattis, que é uma região lunar feita de lava basáltica onde pousou a Eagle da Apollo 11, e onde o Armstrong deu o seu pequeno passo que foi mesmo gigantesco para a humanidade. Método, sff. Consciências tranquilas sff.  Investiga-se a Fundação O Século: -Sejam benvindos! Temos a consciência tranquila, - diz o Senhor Emanuel Presidente e ex-autarca socialista. Algum jornalista, de má fé, seguramente, divulgou que na bendita Fundação, o Senhor Emanuel dá emprego à mulher, filhos, sobrinhada e piriquitada. E porque não? -Ninguém mais quer trabalhar ao fim de semana! O mesmo sucede com o seu vice, naturalmente. Anteriormente fora a Raríssimas: - a Dª Paula, tratada por Drª mas que afinal não era, também tinha a consciência tranquila. Tanto, tanto, que o País lhe devia ou ainda deve um pedido de desculpas. Desculpas a sério ou melhor "à séria" ( que desactualizado!) serão devidas ao Senhor Vieira, & Esposa, naturalmente. O Senhor Vieira, que gere os milhões da SS e não só, desconhece e ninguém o lembra ( brandos costumes) que as assembleias gerais são os órgãos de fiscalização de contas de todas as sociedades e também das associações. Os conselhos fiscais só acompanham as direcções e dão pareceres para os sócios e associados poderem apreciar e aprovar ou rejeitar as contas que as direcções apresentam. - Responderia: - ainda assim, estou de consciência tranquila. Era pro bono, mas sempre de consciência tranquila. Que tal um neologismo? pro bonoquila Mr. Vieira.
 A propósito de Paulas e de Drs: que admiração será essa? Há drs equivalentes, engenheiros equivalentes, sociólogos equivalentes nos governos e nos boys. repetidamente na Protecção Civil. Essa autoridade. Esta nação pode nem ser um País. Mas é uma boa equivalência. Os portugueses adoram canudos. As equivalência são apenas a captação profunda dos mais arreigados sentimentos nacionais. Um pouco mais aleatoriamente: Depois de Pedrógão Grande e mesmo depois da calamidade de Outubro, a Senhora Urbano estava de consciência tranquilíssima, como era notório. Algumas lagrimetas de iniciada não afectam a consciência. E o primeiro tinha nela tada a confiança. Como tem no Vieira e no Azeredo. Se a lagrimeta não afecta a consciência, muito menos afecta a tranquilidade. A oposição é execrável. Até invoca as ditas tragédias para fazer política. Porque será que a oposição não fala da pasta de dentes?
 E a anedota do senhor Azeredo? Qual delas? Aquela que fala de Tancos?! Não há anedota nenhuma equivalente no mundo civilizado. E no menos civilizado? Talvez haja. Porque não? Logo, a anedota do Azeredo tranquiliza, naturalmente, muitas consciências. Há mais. Muito mais. Mas fiquemo-nos por aqui. O importante agora é a reforma florestal. Importante mesmo é a ilusória reposição de rendimentos. Para a função pública, que ganha mais, sai mais cedo e mantém os tachos, de quem recebe e de quem os dá. Diz o povo: isto é como cebo em nariz de cão.
Houve o menor défice do século, mas a dívida não desceu. O Senhor Centeno até foi presidir ao clube dos "aérios". O desemprego também desceu. Mas os inscritos na SS desceram mais. A saúde, a educação, a defesa etc. alardeiam, aleivosamente, falta de meios.  O costume. Cativêmo-los e cantemos ao jeito de Camões: Aquela cativa que me tem cativo, porque nela vivo, já não quer que viva. Ah! Grande Camões. É isso mesmo. Tantas consciências tranquilas. Quem a perdeu ou nunca a teve, é claro que só pode afirmar a tranquilidade da sua consciência. Ontem, hoje e amanhã, cantaria o Cid. O nosso Cid é claro.