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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Não há pachorra!


Haja Deus! Como é possível esta novela mexicana de má qualidade? Quem se julga o Senhor Domingues para recusar cumprir a Lei?
Este Senhor e a sua equipa - como ouvimos - jamais poderão gerir o banco público com competência e idoneidade. Apesar da necessidade premente em tomar decisões importantes, designadamente ao nível da capitalização - como dizem, cheirando-me a esturro - este Senhor nada mais fez até agora do que pensar no seu umbigo e nos seus interesses. A instituição CGD é um pormenor insignificante. Perante esta atitude, repito: estes senhores não têm a idoneidade necessária para gerir uma empresa de tal forma importante como é o único e mais importante banco do sistema, e que, por sinal, se move com dinheiros exclusivamente públicos. Porque será que esta geringonça mal parida que nos governa não é capaz de assumir esta realidade tão simples e tão elementar? A CGD foi, nos últimos anos, o instrumento privilegiado do nepotismo e da corrupção. As notícias têm demonstrado isto à saciedade. A que propósito a Comporta da dinastia Espírito Santo foi " construída" com dinheiro da CGD? A que propósito se empresta dinheiro a Berardos & Cª para comprar acções de bancos concorrentes, servindo o produto das compras como garantia? como é possível conceber um negócio como o Vale do Lobo, onde a CGD entra para sócia dos compadres a quem emprestou dinheiro para adquirirem as quotas maioritárias? Andará tudo louco? Não. Infelizmente não. O que andam é a gozar despudoradamente com o Zé povinho. que tudo atura e tudo aguenta, Aguenta aguenta, como afirmou o ex-patrão do Senhor Domingues num passado recente.
Aguentarei, se não tiver outro remédio. Mas que fique claro. Nada sei sobre a capacidade ou o mérito do Senhor Domingues & Cª. Nunca deles ouvira falar até recentemente. Mas sei que a uns tantos o BCE mandou fazer um curso no estrangeiro porque lhes não lhes reconheceu capacidade para gerirem um banco. Sei ainda que os Senhores que são capazes de colocar uma instituição que se propõem gerir em risco porque privilegiam os seus próprios interesses ( e de que tamanho !), não têm idoneidade para gerir esse mesmo banco. Nunca a terão. Logo, citando: desamparem a loja e vão pregar para outra freguesia. Se os responsáveis pela sua nomeação não conseguem ver isto, então das duas uma, ou melhor das três, talvez duas: ou são pusilânimes, ou são ignorantes, ou têm interesses que também não revelam. E assim se traça o futuro do banco público! Que não perdoa uma penhora por meia dúzia de tostões a qualquer cidadão comum! Tudo isto é intolerável. 

sábado, 12 de novembro de 2016

Cegadas

Já está. Os EUA elegeram Mr. Trump para 45º Presidente. O mundo em choque interroga-se: e agora? também eu aguardo pela resposta. todos aguardamos para ver. Para já e no momento em que escrevinho estas notas, já Mr. Trump se encontrou com Obama e parece que tudo correu muito bem. Tenho para mim que, apesar do mito divulgado por filmes e pela comunicação social,  o presidente tem menos poder do que pensamos. Melhor: é mais condicionado ou mesmo formatado pelo complexo militar-e não só-  do que pensamos. Por outro lado, o próprio cargo se encarregará de moderar o urso.  Enfim. Trump, como muitos outros que chegam à política ou a usam para os seus propósitos são a demonstração do  esgotamento da chamada democracia representativa. Provavelmente de democracia tem pouco. E os eleitos, uma vez no poder, representam-se e aos seus interesses, mas não quem os elegeu. O sistema tem sede ser profundamente alterado. Desde logo com muita mais transparência. Isto é: os cargos públicos, todos os cargos públicos têm de de ser controlados com muita maior eficácia e a correspondente destituição deve poder acontecer mais facilmente. 
Os Chantagistas obscuros
Exactamente o inverso da cegada que acontece na CGD.  Uma meia dúzia de personalidades julgam-se acima da lei. A maior parte veio do BPI, um banco privado que, como outros, teve de se socorrer de dinheiros públicos há pouco tempo para sobreviver. Ao que parece, a recusa de declarar o património só pode ter como causa o desfasamento desse património do motivo pelo qual o banco recorreu ao dinheiro dos contribuintes. Mas toda a gente atenta sabe perfeitamente que os bancos foram falidos por incompetentes e gananciosos. Por acção das duas características, em regra. Só o triste do Ministro das Finanças, do primeiro ministro e tanti quanti desta geringonça  é que puderam convencer os Senhores da sua superioridade e da desnecessidade de cumprirem a lei. De resto, e como é sabido, até um diploma fizeram aprovar no Parlamento à medida de tal propósito. Uma cegada triste, em suma. Agora, de mal a pior: entregam, mas se a declaração ficar sigilosa. Tanta mediocridade, tanta falta de noção das regras mais elementares do convívio democrático, levam-nos a interrogar: que merda é esta? a que propósito se vai entregar o banco público a gente com esta mentalidade de merda?
Cá vamos... com tudo isto. Cá vamos, cantando e rindo.