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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Maçonaria

Há sempre vários modos de encarar os assuntos. Ou é uma das poucas organizações nacionais ( a maçonaria) onde se ensina a democracia, gestão e eficiência, e então o seu poder vem-lhe da incompetência ou intolerância de todos os outros, ou...repercutem, quiçá determinam o tráfego de influências que mina os alicerces da sociedade portuguesa. Há muitos anos. Mas com grande responsabilidade daqueles que tão ardentemente quiseram implementar esta "democracia" de pacotilha, este faz-de-conta, onde o nepotismo é já tão claro que leva à resignação. Não há nada a fazer, é o que se diz. Com alguma razão. Os grandes responsáveis pela razia de valores que está na origem de todos estes males apregoam hoje "o direito à indignação". Têm razão. Só desconfio da fonte ou fontes. Chego a pensar que ainda não estão satisfeitos. Querem mesmo que o País seja reduzido à expressão mínima. Ou então só querem alijar responsabilidades. Sim, porque, efectivamente, falamos de irresponsabilidade generalizada  que durou décadas. Como estão habituados a enganar tolos, julgam que o conseguirão uma vez mais. Enfim, na maçonaria, como na Opus Dei, provavelemente, como no País em geral e com raras excepções, a mediocridade instalou-se e reina. Olha-se à nossa volta e os casos são tantos e tão deprimentes que nos levam a desistir de cansaço pressentido. Persistir, nestas condições, pressupõe um esforço hercúleo que se adivinha impossível de levar a bom termo. Daí que, erradamente, haja a tentação de desistir. Erradamente, porque a persistência é vital em momentos como este. A resignação é o pior dos sintomas. Até para ultrapassar a crise económica. Um povo resignado, como parece acontecer agora com o povo português, é um povo incapaz de reagir perante as questões mais importantes. Mais uma vez só a arte nos pode redimir. Camões. Sempre ele a contemplar a Pátria, visto que a Pátria só formalmente o contempla. Como é verdade que "um rei fraco faz fraca a forte gente"! A inversa também é verdadeira. Para terminar esta nota com uma nesga de optimismo.

domingo, 6 de novembro de 2011

Karagosis Papandreou

A Grécia. A Grécia. Referenda o pacote de ajuda. Já não referenda o pacote de ajuda. O referendo seria, como todos os referendos que podem colocar a UE em questão, votado inevitavelmente neste mesmo sentido: sim à ajuda. Sim à UE. Sim ao Euro. Sempre assim tem sido. Por maioria de razão o seria com os Gregos. A tranche de 8 mil milhões não chegaria antes do referendo. Não haveria dinheiro para pagar vencimentos. Logo, a democracia estaria assegurada.  Os Gregos seria obrigados a votar a favor da ajuda, como é evidente. Outra coisa extraordinária é que um democrata e socialista diga que a eventual realização de eleições seria uma catástrofe ( sic). Como é isto possível em democracia? Não são as eleições a sua pedra de toque? A sua eterna justificação?
Há quem diga - e não são tolos - que Portugal estará bem pior do que a Grécia, dentro de poucos anos. A austeridade agora imposta é brutal. Se não houver crescimento económico - e não haverá nos próximos anos - não aumentará o rendimento nacional. Logo não poderemos pagar o que devemos. è sabido. Só a austeridade nada resolverá. Precisamos de produzir. De produzir muito mais e de gerar excedentes na balança comercial. Ninguém duvida disto. É uma situação dilemática, efectivamente. Todavia, sem crescimento, podemos diminuir o ritmo de endividamento. Mas continuaremos a endividarmo-nos. Logo, não pagaremos o que já devemos nem o que lhe acrescentarmos, entretanto.
tem-se a impressão, em contacto diário com a vida económica, que os poderes políticos não têm consciência plena desta situação. Nem do descalabro para que tudo isto caminha. 
A Europa está velha, caduca, incapaz de reagir a situações graves, melindrosas e dilemáticas como claramente esta se assume. Não tem lideres ( apesar de não gostar particularmente deste anglicismo). A democracia não passa de uma mistificação. O que realmente importa é assegurar os tachos e a subsistência da burocracia de Bruxelas. Por isso a democracia é a farsa comum a toda a UE. Custa-me dizê-lo. Mas a história recente demonstra que isto é verdade.